Meu corpo era levado às pressas, a pessoa que me carregava dizia para eu não desistir. Quantas vezes escutei aquela voz? Quantas vezes ela me saudou em meu retorno. Meu corpo era colocado ao chão, pois o frio daquele lugar era bem conhecido por mim. Eu podia escutar gritos confusos, podia sentir o sobretudo sendo aberto e ver aquele olhar inquisidor sobre a minha pessoa. Togarini estava ali, segurava o que parecia ser uma corrente fina de prata. Não sorria, apenas me olhava como se esperando uma reação minha. Geburah rangia os dentes, estava nervoso, pois dava para perceber que os poderes dele estavam sendo usados, contrariando-o em certo ponto. A ponta de sua lança repousava sobre meu pescoço e ele podia ver que não havia medo em meu olhar.
– Lute, Alice! Você não chegou aqui apenas para morrer em meus braços.
Não… Eu realmente não faria isso, não deixaria ninguém compartilhar o momento em que Geburah arrancaria a alma de meu corpo da forma mais dolorosa possível, tirando de Togarini o direito que ele tinha sobre minha alma. Anjos não são bons. Nunca foram. Entre eles também há trapaças, jogos sujos, ambições, cobiças, todos os pecados possíveis que você possa vir a imaginar e Togarini segurava aquela corrente, pois era a ultima coisa que ainda me prendia a ele. Ele até que não é tão mal, para um Anjo da morte que adora sacrifícios em seu nome. O que Geburah, nunca chegou a compreender é que usamos ele. Em sua sede de vingança, onde ele buscava a justiça acima de tudo, ele jamais compreendeu que o que eram simples mortes em nome da justiça, eram verdadeiros sacrifícios para o Anjo que sempre dediquei minha vida em busca do que era a minha vingança. Togarini nunca pode me contar que o verdadeiro demônio que eu tanto buscava era Alec, não por medo de me perder, mas por saber o quanto isso me abalaria. Já Geburah, fora a serpente no paraíso. Prometeu-me mais poderes, prometeu-me vingança, prometeu-me algo que ele jamais poderia cumprir e o pior… Eu me deixei enganar, cedi um espaço em meu corpo para ele, fiz geburah assumir o controle de algo que ele não deveria assumir e nem por isso Togarini me abandonou. Jean não compreende porque tenho tamanha devoção com um Anjo tão sanguinário, mas talvez, se ele apenas soubesse que fora Togarini quem me manteve “viva” todos esses anos, talvez então ele agradeceria este Anjo Negro.
– ALICE! ALIIICEEE!
– Lute, Alice! Você não chegou aqui apenas para morrer em meus braços.
Não… Eu realmente não faria isso, não deixaria ninguém compartilhar o momento em que Geburah arrancaria a alma de meu corpo da forma mais dolorosa possível, tirando de Togarini o direito que ele tinha sobre minha alma. Anjos não são bons. Nunca foram. Entre eles também há trapaças, jogos sujos, ambições, cobiças, todos os pecados possíveis que você possa vir a imaginar e Togarini segurava aquela corrente, pois era a ultima coisa que ainda me prendia a ele. Ele até que não é tão mal, para um Anjo da morte que adora sacrifícios em seu nome. O que Geburah, nunca chegou a compreender é que usamos ele. Em sua sede de vingança, onde ele buscava a justiça acima de tudo, ele jamais compreendeu que o que eram simples mortes em nome da justiça, eram verdadeiros sacrifícios para o Anjo que sempre dediquei minha vida em busca do que era a minha vingança. Togarini nunca pode me contar que o verdadeiro demônio que eu tanto buscava era Alec, não por medo de me perder, mas por saber o quanto isso me abalaria. Já Geburah, fora a serpente no paraíso. Prometeu-me mais poderes, prometeu-me vingança, prometeu-me algo que ele jamais poderia cumprir e o pior… Eu me deixei enganar, cedi um espaço em meu corpo para ele, fiz geburah assumir o controle de algo que ele não deveria assumir e nem por isso Togarini me abandonou. Jean não compreende porque tenho tamanha devoção com um Anjo tão sanguinário, mas talvez, se ele apenas soubesse que fora Togarini quem me manteve “viva” todos esses anos, talvez então ele agradeceria este Anjo Negro.
– ALICE! ALIIICEEE!
– Acorde minha doce Avatar. Você sabe que ainda não é sua hora.
Pude escutar aquele grito de desespero. Pude sentir aquele corpo se debruçando sobre mim e os cabelos negros pendendo sobre minha face. Pude sentir aquele beijo aos meus lábios, tão cálidos e tão frios, fazendo-me rebuscar o ar. O abraço que se seguiu, não foi de quem me beijara, mas de alguém que derramava lágrimas e me abraçava.
– Bem vida… Bem vida… Bem vinda à terra dos vivos.