por Rubia Cunha | 14/10/2017 | Floresta Negra
Desesperado pedido gritado em cruel desatino, qual lança perfurava-lhe o sofrer, prostrando-o ao chão sem compreender. Não seria ela, sua doce Colombina, aquela que um dia lhe sorrira, envolvendo-o em palavras angelicais? Não seria ela sua dama, que o envolvera em...
por Rubia Cunha | 13/10/2017 | Asas Negras
Ouço as feras feridas em derradeiros prantos. Seus gritos portentosos se tornaram espantos. Quão fortes eram os ritos que evocavam aos cantos, quando hoje clamam por meu acalanto. Fracas tornaram-se as criaturas pomposas e mostram espanto ao fechar de minhas asas....
por Rubia Cunha | 12/10/2017 | Floresta Negra
Era chegado o momento que ele cerraria as cortinas e um basta daria à dor contínua. Deleitava-se com as dores dos amantes, mas deleitava-se mais ainda com as dores que o possuiria, pois o mundo a ele pertencia e tolos eram aqueles que achavam que lhe prenderiam. Sim,...
por Rubia Cunha | 11/10/2017 | Asas Negras
Meu corpo se encontra cansado desde aqueles momentos de silêncio que se tornaram extensos como as sombras que abraçaram as minhas asas. O Abismo anda sereno após todas as batalhas. Brados são ouvidos nos recônditos sagrados à medida que as peças ganham seus lances...
por Rubia Cunha | 10/10/2017 | Floresta Negra
Ele não percebia o corvo que ali se resumia. Os olhos fixos perscrutavam a alma do abatido e seu avançar faminto poderia aquela vida ceifar. Olhos sombrios que mergulhavam à alma do futuro falecido, faiscavam em sadismo com todo o ocorrido e a voz gélida mortífera...