por Rubia Cunha | 10/10/2017 | Asas Negras
Todos temem o silêncio, por mais que o desejem em alguns momentos. Chego a sorrir fracamente ao pensar nos praguejos da humanidade quando colocam ao calvário o conceito que criaram sobre ele. Deseja silêncio na hora de dormir, em seus ensaios de aproximação à morte,...
por Rubia Cunha | 09/10/2017 | Floresta Negra
Correntes e grilhões, arrastavam-se pela casa. Sons de um mundo sombrio em lamuriares de dor. Gritos, risos, murmurares tresloucados. A beleza intocável quebrantara de pavor. Pavor insano que lhe botava uma máscara, trazendo gritos e clamores. Amaldiçoava-se a pobre...
por Rubia Cunha | 09/10/2017 | Asas Negras
Os ventos haviam mudado. Por tempos fiquei sorvendo o que eles murmuravam e tão pouco fiz esforço para fechar as minhas asas. — São cicatrizes necessárias – murmurei resignado, dando permissão aos meus olhos se fecharem por um tempo. Mas os ventos não estavam a sós em...
por Rubia Cunha | 08/10/2017 | Floresta Negra
Antes tivesse se contido nas palavras e não ter desafiado o rufião. Ele lhe entregara o coração em plena devoção e agora era ela quem se encontrava acorrentada nos sentimentos que a perturbavam. O amor de Pierrot a completava, ao menos era assim que ela achava, mas...
por Rubia Cunha | 07/10/2017 | Asas Negras
Há alguns dias aquela data que trazia tanta amargura havia passado. Para alguns, o dia anterior possui maior significado, pois o natal, há tanto tempo corrompido, perdeu o real sentido. Ele ainda não aceitava as comemorações fúteis, discordava da corrupção capitalista...