Corre como o vento em seus passos dançantes
Gira, brinca, dança sem parar
Sorri e se apresenta de modo lisonjeiro e matreiro
Avermelhando rostos ao sussurrar suas palavras
Perguntavam-lhe por que tantas cores às vestes
E cordialmente reverenciava seus próprios dizeres.
– Sou o Caos, sou a Vida, sou o Tudo, sou o Nada. Sou o Sorriso, sou a Lágrima, sou a Alegria, sou a Tristeza. Sou o Amor, sou a Luxúria, sou a Segurança, sou o Ciúmes. Sou a Certeza, sou o Mistério, sou as cores que aqui se encontram. E mesmo que em minha face encontre a cor maldita, saiba que até mesmo ela é bem vinda em tua vida.
Rodopiava a cada dizer e a cada apresentação, e uma voz empolgada, talvez até um pouco exaltada, deixou que seu timbre tocasse aquele coração.
– És a Liberdade, mas também és Solidão!
A certeza daquelas palavras atingiram-lhe como um raio e buscando a pessoa de voz tão imponente, vira o mundo se reduzir ao cinza, sendo a única cor sobrevivente o verde daqueles olhos que ali apunhalara o seu coração.
– E o que seria da Liberdade… – Sussurrou aproximando-se alguns passos, tomando a mão de quem tão bem complementara suas frases – Se não fosse a Solidão?
Caramba, ótimo texto, tocante, sincero, que pega o leitor num pulo desprevinido com as poesias das entrelinhas.
Fico feliz de tê-la pego desprevenida! Sinal de que minha missão foi cumprida. Seja bem vinda ao meu lar!
Atenciosamente,
Rubia Cunha.
Genial! Envolvente e tocante! Lerei de novo e de novo, e uma vez mais.
Muito maneiro!
Espero continuar cativando sua leitura sempre
Que bom que você gostou!