Sempre pondero sobre os dois lados da moeda e ao confabular sobre as coisas que vejo acontecer, pergunto-me se devo ficar triste, alegre ou extremamente revoltada.
Minha mente fica inquieta balanceando o peso e o contra-peso das verdades que podem ser cruéis, construtivas ou destrutivas…
Então ouço a ética e a moral indagando por que sou assim, se devo ser assim ou quais são as probabilidades das ações que posso ou não tomar.
Porém, em meio a toda esta batalha moral, ética, filosófica e nem tão cristã, escuto a resposta amarga de meu ser de que sou assim por muitas vezes me calar…
Calo-me na tentativa de me tornar uma pessoa melhor perante gregos e troianos,
No entanto por que apenas eu deveria mudar?
Eis que estranhamente o Destino, em seu tímido canto, faz um convite singelo para abandonar este fardo e aproveitar o dia claro que se encontra longe das grades que me cercam.
(Fotografia por Rubia Cunha)
(Texto: Rubia Cunha; 12/08/2015)