Antigamente, os contos começavam com a usual expressão: – Era uma vez…
Em um outro livro os contos eram vivenciados pelas personagens e seus leitores.
Mas, foi-se o tempo em que aquele livro possuía as páginas douradas e sua capa amarronzada.
Foi-se o tempo, em que a escritora viveu sua vida em tamanhas encruzilhadas.
Lembro-me bem dos tempos em que ouvi as histórias com seus altos e baixos, muitas vezes baixos, onde as pessoas se identificavam com as linhas escritas ali.
Achavam-no lindo, choravam, se emocionavam e eu não as culpo de terem tão fortes emoções e de se deixarem levar pelos sentimentos encontrados no meu antecessor.
Lembro-me que a escritora escutou uma expressão que a fez pensar que talvez eu, seu atual livro, mostrasse uma realidade ainda contada em belas palavras.
Mas, também sei que desta vez, se meus textos encantarem, será porque ela conseguiu mostrar até o mais triste momento de uma forma metafórica bela. Talvez eu consiga encantar as pessoas e tocar suas almas, mas sei que não serão apenas contos de fadas.
Convido-os a tocarem minha capa verde com detalhes prateados, onde trevos, fadas e sidhes, rodeiam seu corpo levando-os para o mundo de Arcádia. Onde nem todos os sonhos podem vir precedidos de um sorriso, mas que virão acompanhados de outros sonhos.
Sejam bem vindos à minha primeira página.