por Rubia Cunha | 14/10/2017 | Floresta Negra
Desesperado pedido gritado em cruel desatino, qual lança perfurava-lhe o sofrer, prostrando-o ao chão sem compreender. Não seria ela, sua doce Colombina, aquela que um dia lhe sorrira, envolvendo-o em palavras angelicais? Não seria ela sua dama, que o envolvera em...
por Rubia Cunha | 12/10/2017 | Floresta Negra
Era chegado o momento que ele cerraria as cortinas e um basta daria à dor contínua. Deleitava-se com as dores dos amantes, mas deleitava-se mais ainda com as dores que o possuiria, pois o mundo a ele pertencia e tolos eram aqueles que achavam que lhe prenderiam. Sim,...
por Rubia Cunha | 10/10/2017 | Floresta Negra
Ele não percebia o corvo que ali se resumia. Os olhos fixos perscrutavam a alma do abatido e seu avançar faminto poderia aquela vida ceifar. Olhos sombrios que mergulhavam à alma do futuro falecido, faiscavam em sadismo com todo o ocorrido e a voz gélida mortífera...
por Rubia Cunha | 09/10/2017 | Floresta Negra
Correntes e grilhões, arrastavam-se pela casa. Sons de um mundo sombrio em lamuriares de dor. Gritos, risos, murmurares tresloucados. A beleza intocável quebrantara de pavor. Pavor insano que lhe botava uma máscara, trazendo gritos e clamores. Amaldiçoava-se a pobre...
por Rubia Cunha | 08/10/2017 | Floresta Negra
Antes tivesse se contido nas palavras e não ter desafiado o rufião. Ele lhe entregara o coração em plena devoção e agora era ela quem se encontrava acorrentada nos sentimentos que a perturbavam. O amor de Pierrot a completava, ao menos era assim que ela achava, mas...
por Rubia Cunha | 05/10/2017 | Floresta Negra
Seus olhos enegrecidos ardiam intensos, não sabendo se de fúria, ódio, ciúmes ou paixão. Os pensamentos rasgavam-lhe o peito em sua incompreensão. Firmava as mãos ao corpo adormecido, trêmulo de raiva, torpe em desespero, rogando à mente pragas ao colorido rufião....